O mercado de energia no Brasil tem evoluído rapidamente, e uma das mudanças mais significativas é a ampliação do acesso ao Mercado Livre de Energia (MLE) para pequenas e médias empresas (PMEs).
Este ambiente de contratação livre permite que marcas escolham de quem comprar energia, negociando diretamente com geradoras e comercializadoras, o que proporciona uma oportunidade única para redução de custos e maior flexibilidade.
Neste artigo, vamos mostrar como essa transformação pode ter muitas vantagens para as PMEs, tanto em termos financeiros quanto estratégicos. Continue a leitura e confira!
Abertura do Mercado Livre de Energia em 2024
Desde janeiro de 2024, empresas de menor porte conectadas a médias e altas tensões de energia ganharam o direito de migrar para o Mercado Livre de Energia, que anteriormente era restrito a grandes indústrias e empresas de varejo de grande porte. Com isso, esses segmentos podem, agora, negociar com fornecedores de energia de todo o país, passando por intermediários como distribuidoras locais.
Essa mudança já trouxe resultados expressivos. Segundo o BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia), o valor negociado no MLE triplicou em relação ao ano anterior, alcançando R$ 88,4 bilhões, com mais de 100 mil novos contratos assinados – um crescimento de 324% em comparação com 2023.
A expectativa para o ano de 2025 é que mais de 27 mil empresas migrem para o mercado, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), sendo a maioria delas empreendimentos de médio porte, com consumo entre 500 kW a 2.000 kW.
Esse valor representa um alívio significativo, especialmente para setores como comércio e serviços, que enfrentam margens cada vez mais apertadas.
O Mercado Livre de Energia ajuda na redução de custos?
Sim! Uma das maiores vantagens do Mercado Livre de Energia é a potencial economia nas contas de luz, especialmente relevante para empresas que consomem energia em grande volume. Em um ambiente de contratação livre, as PMEs podem escolher fornecedores com as melhores condições contratuais e optar por fontes de energia mais econômicas.
Esse poder de escolha permite que as empresas encontrem soluções de energia que atendam melhor a suas necessidades, reduzindo em até 30% os gastos, segundo estimativas do setor. Além da economia , essa redução pode resultar em uma vantagem competitiva importante.
Ou seja: quando se destina menos recursos para o pagamento de energia, as PMEs podem investir na expansão de operações, na modernização de equipamentos, na contratação de novos funcionários entre muitas outras melhorias.
Flexibilidade e controle sobre o consumo
No Mercado Livre de Energia, as PMEs ganham muito mais autonomia para decidir seus fornecedores e escolher o tipo de energia que querem consumir. Essa flexibilidade permite criar contratos sob medida, que levam em conta o volume de consumo, as necessidades específicas e até preferências por fontes sustentáveis.
Com um contrato personalizado, as empresas têm maior controle sobre os custos, minimizando desperdícios e otimizando o uso de energia.
Sustentabilidade e incentivo à energia limpa
Migrar para o Mercado Livre de Energia traz ainda mais vantagens, como o incentivo ao uso de fontes renováveis, como a solar e a eólica. Em um mercado onde a sustentabilidade é cada vez mais valorizada, empresas que escolhem energias limpas fortalecem sua imagem e ajudam a construir um futuro melhor por meio de uma empresa mais sustentável.
Essa decisão acompanha tendências globais e pode agregar valor à marca, atraindo consumidores e parceiros que priorizam práticas eco-friendly.
No Brasil, a expectativa é que o Mercado Livre seja totalmente aberto até 2028, incluindo consumidores residenciais, o que pode acelerar a transição energética no país.
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