Se você tem uma empresa e ainda não entrou no Mercado Livre de Energia (MLE), chegou a hora de reconsiderar. Esse modelo de negociação está fazendo com que empresas economizem muito dinheiro no momento de pagar as contas de luz – e não estamos falando de pequenos valores.
Por isso, se você quer saber como o Mercado Livre de Energia pode ajudar a sua empresa a economizar de verdade e melhorar a eficiência no uso de energia, esse artigo é para você. Vamos explicar de forma simples como funciona e como ele pode fazer toda a diferença nos seus gastos com energia. Boa leitura!
Como funciona o Mercado Livre de Energia?
O Mercado Livre de Energia permite que empresas, independentemente de seu porte, possam negociar diretamente com os fornecedores de energia. Antes, somente empresas com grande consumo (acima de 500 kW) podiam acessar esse mercado, mas desde janeiro de 2024, consumidores de alta tensão podem migrar para o ambiente livre sem precisar atender ao consumo mínimo que antes era exigido, incluindo as pequenas e médias empresas.
Hoje, qualquer indústria ou comércio que seja classificado como Grupo A pela distribuidora local pode negociar seus contratos diretamente com os geradores de energia. Essa mudança abriu as portas para que empresas e comércios menores também aproveitem essa vantagem. Por outro lado, os consumidores de baixa tensão (menos de 2,3 kV), como residências e propriedades rurais, ainda ficam de fora dessa possibilidade.
Essa mudança é um reflexo da evolução do mercado energético brasileiro, que visa ampliar a competitividade, oferecer mais opções de fornecedores e permitir que as empresas escolham as melhores fontes de energia, com preços mais atrativos e contratos que se ajustem às suas necessidades específicas.
A migração para o Mercado Livre de Energia é o melhor caminho para as empresas que buscam reduzir seus custos operacionais e ter maior previsibilidade nas contas de energia. Descubra o porquê!
1. Economia de energia: previsibilidade e controle de custos
Com a abertura do Mercado Livre de Energia (MLE) e a possibilidade de negociar diretamente com fornecedores, empresas de diferentes portes conseguem obter descontos significativos de até 30% nas faturas de energia elétrica. Essa economia significativa libera recursos que podem ser direcionados para áreas estratégicas da empresa, como inovação, crescimento ou melhorias operacionais.
Um ponto essencial é a previsibilidade e o controle de custos. Empresários de setores como supermercados, padarias e farmácias estão percebendo que, no MLE, a chance de negociar preços diretamente com as comercializadoras e escolher fontes de energia mais econômicas é uma oportunidade única.
Ou seja, para todos esses gestores, a migração para o Mercado Livre é uma alternativa prática que ajuda a reduzir custos fixos e ter maior controle sobre a demanda energética de seus negócios.
2. Fuja das bandeiras tarifárias
O Mercado Livre de Energia oferece uma grande vantagem para as empresas: a possibilidade de escapar das bandeiras tarifárias do mercado cativo, permitindo ajustar as operações para otimizar o consumo, reduzir desperdícios e economizar de forma mais estratégica, algo que o ambiente regulado não oferece.
As bandeiras tarifárias, criadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, repassam os custos extras da geração de energia ao consumidor final, sendo atualizadas mensalmente para refletir a necessidade de acionar usinas termelétricas, que substituem as hidrelétricas quando o nível de seus reservatórios está baixo.
Antes das bandeiras, esses custos adicionais eram incorporados aos reajustes anuais das tarifas. Porém, desde 2015, o sistema tarifário inclui bandeiras que são definidas mensalmente. Assim, a bandeira verde indica condições favoráveis de geração, sem acréscimo na tarifa; a amarela sinaliza aumento de R$ 0,015 por kWh; e a vermelha, que possui dois patamares, aplica uma taxa extra de até R$ 0,060 por kWh.
Um exemplo recente ocorreu em outubro de 2024, quando foi acionada a bandeira vermelha patamar 2, resultando em um adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Essa cobrança foi superior à de setembro, quando estava vigente a bandeira vermelha patamar 1, com uma taxa menor.
Essa oscilação de tarifas, além de imprevisível, representa uma carga extra significativa para consumidores cativos — enquanto, no Mercado Livre, as empresas têm a liberdade de negociar preços e contratos diretamente com geradores, permitindo maior previsibilidade e controle financeiro em seu consumo energético.
3. Sustentabilidade
E não podemos esquecer da sustentabilidade. No Mercado Livre de Energia, as empresas têm a oportunidade de adotar uma estratégia mais sustentável e econômica ao optar por fontes renováveis e energia limpa, como solar, eólica, PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e outras.
Essas fontes, além de ajudarem a reduzir as emissões de carbono, contribuem significativamente para a preservação do meio ambiente, o que fortalece a imagem da empresa perante investidores e consumidores cada vez mais conscientes sobre o impacto ambiental.
Além disso, o uso de fontes incentivadas oferece outro benefício financeiro importante: um desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), que pode variar entre 50%, 80% e até 100%.
Isso torna o Mercado Livre ainda mais atrativo, pois possibilita às empresas reduzir custos operacionais e aumentar sua eficiência energética ao mesmo tempo em que investem em práticas sustentáveis.
Confira: Pequenas e médias empresas em peso no MLE
Em 2024, o setor de pequenas e médias empresas se destacou, com quase 21 mil clientes migrando para o mercado livre — um crescimento expressivo em relação ao ano anterior, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse movimento reflete o aumento do interesse entre negócios menores que buscam economizar e aumentar a eficiência de sua gestão energética.
Em 2024, o Sudeste e o Sul do Brasil lideraram o movimento de migração para o mercado livre de energia, destacando São Paulo, com 6.847 clientes, seguido por Rio Grande do Sul (2.131), Rio de Janeiro (1.709), Paraná (1.588) e Minas Gerais (1.381). Esses estados se consolidam como polos de empresas que buscam maior controle e economia em suas contas de energia.
Entre os setores de atividade, comércio e serviços foram os que mais migraram, representando quase 50% do total de migrações. Setores de manufaturados e indústria alimentícia também apresentaram grande adesão. Confira os dados detalhados:
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